Estaleiro pode integrar-se a futuros projetos urbanísticos sem prejuízos
visuais, ao turismo e ao meio ambiente
Representantes de 32 entidades e empresas ligadas ao turismo assistiram à apresentação do projeto Estaleiro Promar Ceará na manhã desta terça feira, (09/02) no Centro de Convenções Edson Queiroz. O presidente da Adece (Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará) Antônio Balhmann, junto ao secretário do Turismo Bismarck Maia, esmiuçaram detalhes do equipamento e sua importância para o desenvolvimento da economia cearense. Para Bismarck, um dos aspectos mais positivos da instalação do estaleiro é, pela primeira vez, pôr os problemas da região do Titanzinho e Serviluz em evidência. "Aquela região é historicamente esquecida e isto não pode continuar. Precisa de um arranjo econômico e apoio para o desenvolvimento da comunidade, da capacidade de empreender pequenos negócios a partir do estaleiro e de outros projetos paralelos. É uma oportunidade ímpar, não pelo estaleiro, mas por estar sendo objeto de discussão da sociedade".
Segundo o titular da Setur, a indústria naval pode ficar em harmonia com qualquer intervenção urbana que se faça na área, "oportunizando ainda a profissionalização e o surgimento de pequenos negócios de gastronomia, lazer e entretenimento ao redor, melhorando a qualidade de vida da população".
Balhmann também ressaltou que ügnenhum projeto essencial para a orla será prejudicado, ao contrário, vai ser entregue uma área verde por trás do estaleiro para ser integrada a projetos futuros de integração da orla de Fortalezaüh. ügNão existe ameaça para o turismo. Ao contrário do que se pensa, o estaleiro não é na Praia Mansa, é por trás e não é obra tão
evidente que possa impactar visualmenteüh. Atribuiu ainda as críticas de alguns setores ao desconhecimento sobre o equipamento. "Há muita desinformação sobre essa questão. Este projeto não derruba nenhuma casa, gera 1,2 mil empregos diretos só na primeira fase, é uma obra no mar, utilizando uma área de que havia sido destinada para a ampliação do Porto do Mucuripe em 1995üh, afirmou Balhmann. Segundo o titular da Adece, o estaleiro terá o mesmo desenho aprovado pelos órgãos ambientais competentes na época e é uma indústria menos poluidora que o Porto do Mucuripe: ügtodas as questões já haviam sido previstas e as análises de impactos já estavam avançadas".
Outros aspectos positivos levantados foram o retorno imediato, já que o estaleiro, com capacidade para construir embarcações de 400 mil toneladas, parte de uma demanda real de oito navios gaseificadores para a Transpetro (subsidiária de logística da Petrobras) e o potencial de crescimento do empreendimento, que pode chegar a 5 mil empregos indiretos e com as possíveis ampliações, mais 1,5 mil a dois mil empregos diretos a mais. Para o diretor da ABIH (Associação Brasileira da Indústria Hoteleira) Régis Medeiros, a preocupação do setor justifica-se porque "aquela localização, apesar de abandonada, é muito nobre e já houveram várias discussões para instalar lá um equipamento ícone na cidade", mas reconheceu que foram apresentados "argumentos muito fortes". "Não podemos perder o estaleiro. Foi provado tecnicamente que não haveria muitos impactos e que a Ponta do Mucuripe é a melhor localização. Caso discordássemos, seria trocar o certo pelo duvidoso", afirma Medeiros.
Fonte: Assessoria de Comunicação |