Com 60% do total dos trabalhos da sua primeira fase concluídos, o Vila Galé Cumbuco mantém um canteiro de obras em funcionamento diariamente, empregando 700 trabalhadores. De acordo com José António Bastos, diretor de Operações Brasil da rede Vila Galé, as obras estão num ritmo bom. "A abertura continua prevista para junho de 2010, caso o governo estadual cumpra com os prazos de execução das infraestruturas previstas e contratualizadas", diz.
Segundo ele, infraestrutura à cargo do Estado "ainda não está concluída. Apenas em fase de arranque ou de concurso (licitação)". Inclui melhorias no acesso terrestre, abastecimento de água, energia elétrica e saneamento. "As acessibilidades terrestre melhoraram bastante e, no futuro próximo, ainda melhorarão, após as conclusões dos trabalhos a decorrer e outros em fase de adjudicação pela Prefeitura de Caucaia e pelo Governo Estadual", pontua.
O mesmo, infelizmente, não se poderá dizer do acesso aéreo - considerado pelo Grupo Vila Galé um grande entrave ao desenvolvimento do turismo não só no Ceará mas em todo o Nordeste. "A TAP reduziu a frequência dos voos de Lisboa para Fortaleza e continua a faltar maior concorrência no mercado interno. As tarifas aéreas internas para Fortaleza continuam muito altas", argumenta.
Até o momento, o grupo português já alocou no empreendimento R$ 30 milhões, dos R$ 100 milhões previstos para a primeira etapa. "O hotel terá 465 unidades habitacionais, das quais 49 serão chalés. Terá uma oferta de quatro restaurantes, cinco bares, piscinas - sendo uma com 2.000 metros quadrados - e um SPA Satsanga, com uma área de 2.500 metros quadrados", informa Bastos.
O primeiro hotel insere-se numa aérea mais vasta, onde estão previstos mais dois estabelecimentos hoteleiros, uma área para condomínios, zona comercial e um campo de golfe de nove buracos. O perfil dos clientes do Vila Galé, Cumbuco será em todo semelhante ao Vila Galé Marés, em Guarajuba, na Bahia.
"No segmento de lazer, as famílias e casais de todas as faixas etárias; o segmento de convenções terá igualmente um peso importante. Contamos que o de esporte, onde o Cumbuco tem excelentes condições para a prática de kite-surf, também terá um importante papel a desempenhar", comenta o diretor.
Bastos acrescenta que, contrariamente a Portugal, onde se notou uma retração na procura, o Brasil teve, este ano, um crescimento ainda que ligeiro, face ao ano anterior. "A dinâmica do mercado interno contribuiu decisivamente para esse crescimento", afirma. (Diário do Nordeste 01/10/09, Caderno de Negócios pág. 10)
